Os grupos José de Mello e Têxtil Manuel Gonçalves, detentores de uma posição que, em conjunto, representa 50,8% no capital da EFACEC, anunciaram hoje o lançamento de uma Oferta Pública de Aquisição (OPA) sobre as acções representativas do capital remanescente, pelo preço de 3,15€ por acção, o que corresponde a um prémio de cerca de 30% face à cotação média ponderada dos últimos seis meses.

A OPA foi concretizada através da Tecnoholding, SGPS, SA, uma sociedade constituída para o efeito e detida em partes iguais pelos grupos José de Mello e Têxtil Manuel Gonçalves, tendo a operação sido tomada firme pela Caixa Geral de Depósitos.

A decisão de lançar esta OPA foi motivada pelo facto de os dois accionistas de referência terem uma visão comum sobre a EFACEC e acreditarem no potencial de crescimento e desenvolvimento da empresa.

Para concretizar o potencial de crescimento da empresa e o reforço do processo de internacionalização, os grupos José de Mello e Têxtil Manuel Gonçalves consideram que será necessário acelerar o esforço de investimento, por parte da EFACEC e dos seus accionistas.

Os grupos José de Mello e Têxtil Manuel Gonçalves consideram estar a contribuir, com esta operação e através do reforço do estatuto de referência que a EFACEC tem hoje nos mercados nacional e internacional da energia, transportes e serviços, para o desenvolvimento da economia portuguesa.

Apesar do ciclo de instabilidade que a economia portuguesa registou em 2004, em que o crescimento do Produto Interno Bruto foi de apenas 1%, a José de Mello, SGPS, SA encerrou o último exercício com um Resultado Líquido consolidado de 10,4 milhões de euros, o que traduz uma evolução positiva face ao exercício de 2003.

Excluindo os negócios da Soponata, Fisipe Barcelona e Finertec, alienados no decurso do último ano, o Volume de Negócios consolidado da José de Mello, SGPS, SA registou um crescimento de 16%, tendo passado de 652 milhões de euros no final de 2003 para 757 milhões de euros no final de 2004.

Para além das alienações acima referidas, o exercício de 2004 ficou essencialmente marcado, no que à gestão da carteira de negócios do Grupo José de Mello diz respeito, pelo reforço, em 5,7%, da posição accionista na Brisa.

RESUMO DOS PRINCIPAIS INDICADORES (Valores em M€)

ACTIVIDADE CONSOLIDADA20042003
Volume de Negócios757652
Resultado Líquido10,42,7
Activo Líquido2.2952.301
Capitais Próprios368378

O Grupo José de Mello concretizou hoje a alienação dos seus activos na área das energias renováveis e alternativas, que eram explorados e detidos pela sua participada Finertec, SGPS, SA.

O Grupo José de Mello considera que os activos explorados e detidos pela Finertec têm um elevado potencial de desenvolvimento, desde que integrados em organizações empresariais com experiência no sector, tanto mais que se assiste actualmente a um movimento progressivo de consolidação e concentração no mercado de produção de energias renováveis e alternativas.

Esta operação, que permitiu um encaixe global de cerca de 14 milhões de euros, foi concretizada através de dois contratos distintos e decorreu de uma decisão tomada e publicamente anunciada no ano passado, após o Grupo José de Mello ter considerado que não dispunha das condições necessárias para dotar esta área, com a celeridade desejada, de dimensão critica para a converter numa plataforma de negócios enquadrada na missão e estratégia do Grupo.

As participações sociais na área da energia eólica foram alienadas à Energi E2, enquanto as restantes participações na área da cogeração, agrupadas na própria Finertec, foram alienadas à sociedade IDER.

O Grupo José de Mello decidiu interpor uma acção judicial, que dará entrada hoje ao início da tarde nos tribunais administrativos, com o objectivo de obrigar a Parpública a completar a apreciação da sua proposta relativa à compra de 33,34% da GALP, no âmbito do concurso aberto para esse efeito.

Neste sentido, o Grupo José de Mello pretende a anulação da adjudicação feita ao agrupamento Petrocer relativa à venda de um lote de acções da GALP, correspondente a 40,789% do capital da empresa.

Esta decisão do Grupo José de Mello visa repor o procedimento do concurso na fase em que se encontrava quando dele foi prematuramente excluído, isto é, no início da negociação das propostas que foram então consideradas pela Parpública como reunindo as melhores condições (Grupo José de Mello e agrupamento Petrocer).

A iniciativa agora tomada pelo Grupo José de Mello tem por base a convicção de que a proposta que apresentou era a que melhor se coadunava com o interesse público em jogo, uma vez que enquadrava um projecto estratégico industrial que iria proporcionar o desenvolvimento e a valorização da GALP.

O Grupo José de Mello continua convicto de que a sua proposta conduziria, por um lado, a uma nova opção de crescimento, através do reforço da área petroquímica da GALP com a integração dos activos químicos e petroquímicos da CUF e, por outro, à obtenção de valor imediato para a GALP, mediante a captura de importantes sinergias industriais existentes entre a unidade de oxidação parcial de resíduos de vácuo do Lavradio e a refinaria de Sines.

O Grupo José de Mello considera que o seu afastamento, antes da negociação da sua proposta, inviabilizou o estudo aprofundado do seu projecto estratégico e impossibilitou uma adequada avaliação pela parte pública, o que, do ponto de vista do Grupo José de Mello, apenas veio prejudicar os interesses prosseguidos pelo Estado no concurso que, por sua iniciativa, foi aberto pela Parpública.

A decisão do Grupo José de Mello representa o culminar de um aprofundado estudo desenvolvido, nos últimos meses, por diversos juristas de reconhecido mérito e prestígio na área do Direito Administrativo sobre as condições em que o concurso foi lançado e se desenvolveu.

Esses estudos coincidem com a conclusão de que a intempestiva exclusão do Grupo José de Mello se reveste de ilegalidade, o que determina a invalidade da adjudicação feita ao agrupamento Petrocer e, consequentemente, do contrato-promessa celebrado com a Parpública.

O Grupo José de Mello reforçou a sua posição na Brisa, tendo adquirido hoje a posição que o Fundo de Pensões da Caixa Geral de Depósitos detinha no capital social da empresa, que corresponde a 5,06% dos direitos de voto.

Com este reforço de posição, que representa um investimento de cerca de 195 milhões de euros, o Grupo José de Mello passa a controlar 30,87% dos direitos de voto da Brisa.

O Grupo José de Mello, com esta aquisição, atinge o objectivo estratégico que desde cedo definiu quanto ao nível da sua posição accionista na Brisa.

Face às notícias publicadas nos últimos dias na imprensa sobre a alienação da posição do Estado na GALP, o Grupo José de Mello vê-se forçado a prestar os seguintes esclarecimentos:

1. O Grupo José de Mello apresentou à Parpública, no dia 26 de Abril, uma proposta de aquisição de 33,34% da GALP, a qual tinha como pressupostos essenciais o pagamento em numerário de 700 milhões de euros e a integração de um conjunto de activos químicos e petroquímicos na GALP, reforçando a componente industrial da empresa.

2. No âmbito do processo conduzido pela Parpública, esta proposta foi, no dia 1 de Junho, classificada em primeiro lugar “ex aequo”, na sequência do denominado Relatório da Comissão de Sábios.

3. Relativamente à integração dos activos do Grupo José de Mello, foi nosso entendimento, logo de início, que deveria ser analisada com total transparência, rigor e independência, quer a avaliação das sinergias, quer a determinação do seu valor.

4. Na primeira reunião, realizada no dia 7 de Junho, a Parpública furtou-se a discutir os projectos do Grupo José de Mello para a GALP, nomeadamente a criação de um cluster petroquímico e, na segunda reunião, realizada no dia 14 de Junho, mostrou-se novamente irredutível para negociar, tendo optado por interromper formalmente as negociações.

5. O Grupo José de Mello lamenta profundamente que a Parpública tenha, até ao momento, mantido a recusa em negociar a proposta apresentada, furtando-se a discutir a base do projecto industrial, cujo valor e lógica empresarial se encontra, assim, por aprofundar.

6. Esta posição da Parpública é motivo da maior perplexidade porque está em causa o futuro de uma empresa estruturante, como é a GALP, não se entendendo que a Parpública, enquanto agente do Estado, após ter avaliado em primeiro lugar a estratégia do Grupo José de Mello para a empresa, se recuse agora a discuti-la.

7. O Grupo José de Mello lamenta igualmente que, ao contrário do que aparentemente sucede com alguns órgãos de Comunicação Social, não tenha tido ainda acesso ao denominado Relatório da Comissão de Sábios, apesar dos insistentes pedidos formais nesse sentido.

8. O Grupo José de Mello está firmemente convicto de que apresentou a melhor proposta de valorização e crescimento para a GALP, reiterando a sua disponibilidade para, em sede própria, discutir com a Parpública os méritos do seu projecto.

A José de Mello, SGPS, SA encerrou o exercício de 2003 com um crescimento sustentado da sua actividade, tendo registado um volume de negócios 813 M€ e um cash-flow de 89 M€, que aumentaram 9% e 42%, respectivamente, face ao exercício de 2002.

Apesar da envolvente económica adversa, o volume de negócios consolidado do Grupo José de Mello registou um acréscimo de 65M€, o que se ficou essencialmente a dever aos contributos positivos da José de Mello Saúde (25,2M€), Soponata (16,5 M€), José de Mello Imobiliária (15,3M€) e CUF (11,7M€).

O EBITDA consolidado da José de Mello, SGPS, SA evidenciou também uma evolução favorável, tendo registado, no final de 2003, um acréscimo de 9M€, o que representou um crescimento de 17% face ao exercício anterior. Para esta melhoria, muito contribuiu o crescimento do volume de negócios, superior ao aumento verificado nos custos operacionais, que foi de apenas 55,9M€.

O activo consolidado do Grupo José de Mello diminuiu 65,6M€ face ao exercício de 2002, em consequência da alienação de dois navios da Soponata e do imóvel do Hospital CUF Descobertas, adquirido por um fundo de investimento imobiliário.

O resultado líquido consolidado ascendeu a 2,7M€, o que representou um decréscimo de 31M€, motivado pelo impacto, no exercício de 2002, da aplicação das normas contabilísticas respeitantes a impostos diferidos.

RESUMO DOS PRINCIPAIS INDICADORES

ACTIVIDADE CONSOLIDADA20032002
Volume de Negócios813748
EBITDA6354
Cash-Flow8963
Resultado Líquido2,733,7
Activo Líquido2.3012.367
Capitais Próprios378378

O Grupo José de Mello assumiu o estatuto de mecenas exclusivo do concurso “Escola Alerta”, uma iniciativa promovida pela Comissão Nacional de Coordenação para o Ano Europeu das Pessoas com Deficiência, que visou sensibilizar os jovens estudantes de todo o País, no ano lectivo 2003/2004, no sentido da eliminação das barreiras que afectam o quotidiano das pessoas com deficiência.

O concurso “Escola Alerta”, que contou com 125 trabalhos de 47 escolas, representando 13 distritos e a Região Autónoma da Madeira, teve hoje o seu culminar com a entrega dos prémios aos três primeiros classificados, cuja cerimónia decorreu na Escola Básica Integrada e Pré-Escolar Vasco da Gama, em Lisboa, e que contou com a presença do Ministro da Segurança Social e do Trabalho, Bagão Félix, do Ministro da Educação, David Justino, do Vice-Presidente do Grupo José de Mello, Pedro de Mello, da Vereadora da Câmara Municipal de Lisboa, Helena Lopes da Costa e da Presidente da Comissão de Coordenação para o Ano Europeu das Pessoas com Deficiência, Cristina Louro.

Os alunos do 5.º ano – Turma E do Agrupamento de Escolas de Tondela venceram o primeiro prémio, com um trabalho intitulado “Era Uma Vez…”, tendo o segundo prémio sido entregue a um trabalho intitulado “Diário de Uma Cadeira de Rodas na Escola” e apresentado pelos alunos do 8.º ano – Turma A da escola sede do Agrupamento de Escolas Eugénio de Castro, de Coimbra. O terceiro prémio foi atribuído aos alunos do 11.º ano – Turma I da Escola Secundária de Marco de Canavezes, que concorreram com um trabalho intitulado “As Barreiras Urbanísticas, Arquitectónicas e de Comunicação Impostas a Pessoas com Mobilidade Condicionada.

Durante a sua intervenção, Pedro de Mello aproveitou para enaltecer os méritos da iniciativa e sublinhou que “as organizações empresariais começam a despertar para a necessidade de serem socialmente responsáveis, quer dentro, quer fora da empresa”, tendo acrescentado que “é isso que o Grupo José de Mello tem procurado fazer”.

O Grupo José de Mello apresentou hoje ao Estado a sua proposta de aquisição de uma posição de 33,34% no capital da GALP, tendo como pressupostos essenciais uma forte criação de valor e o desenvolvimento de um compromisso de longo prazo, que permita fazer da empresa um motor de competitividade do sector industrial português.

O Grupo José de Mello considera que a sua proposta para aquisição de uma posição de 33,34% no capital da GALP permite a realização de uma Oferta Pública de Venda bem sucedida no decurso de 2005.

Do ponto de vista financeiro, a proposta hoje apresentada, em que cerca de 60% do valor da operação será suportado por capitais próprios do Grupo José de Mello, permite que a GALP prossiga a sua estratégia de crescimento e de desenvolvimento ibérico e uma política de dividendos adequada.

A proposta hoje apresentada pelo Grupo José de Mello assenta numa estrutura financeira simples e transparente, contando com o apoio do maior banco privado português, o Millennium BCP.

Apesar do clima de abrandamento económico, a José de Mello, SGPS, SA encerrou 2002 com uma melhoria dos principais indicadores consolidados.

O Grupo José de Mello registou um resultado líquido consolidado de 33,7 M€ no final de 2002, o que representou uma evolução de 390% face a 2001, altura em que o resultado líquido ascendeu a 6,9 M€.

O activo consolidado, registou um crescimento de 6%, passando de 2.232 M€ em 2001 para 2.367 M€ em 2002. O aumento do activo ficou a dever-se essencialmente ao impacto da aplicação, pela primeira vez, do registo dos impostos diferidos nos Capitais Próprios da Brisa, consolidada na José de Mello, SGPS, SA pelo método da equivalência.

Relativamente ao volume de negócios consolidado, registou também um crescimento face a 2001, da ordem dos 5%, atingindo o montante de 748 M€. Para esta evolução, contribuíram principalmente os Grupos CUF e José de Mello Saúde, que consolidaram, pela primeira vez, os resultados operacionais de 12 meses de duas novas unidades: a Elnosa, na área da Indústria Química, e o Hospital CUF Descobertas, na área da Saúde.

Os capitais próprios consolidados ascenderam, no final de 2002, a 378 M€, o que representou um reforço da ordem dos 24%.