1898
Fundação por Alfredo da Silva
Alfredo da Silva iniciou a sua carreira na Companhia Aliança Fabril, da qual era acionista. Partiu de si a ideia da fusão desta empresa com a União Fabril, onde também possuía ações, dando origem à Companhia União Fabril (CUF). O espírito eminentemente humanista de Alfredo da Silva marcou decisivamente a filosofia e o percurso do Grupo CUF. A Obra Social da CUF constituiu um marco histórico no panorama empresarial português, numa época em que estas questões pouco ou nada preocupavam os empresários e em que o Estado pouco ou nada podia fazer.
1920’s
Entrada na Casa José Henriques Totta e criação da Tabaqueira
A aquisição de ações e o reforço do capital do banco permitiram a entrada do grupo CUF no setor bancário português. Na mesma década, em 1927, é criada a Tabaqueira.
1940’s
Segunda Guerra Mundial e criação da Companhia de Seguros Império
Durante a Segunda Guerra Mundial, a CUF deitou mãos à obra, reparando navios e construindo embarcações para as frotas pesqueiras nacionais e estrangeiras (na Rocha Conde D’Óbidos, em Lisboa), e ainda cobrindo a lacuna dos transportes com a frota da Sociedade Geral. Com o habitual sentido de oportunidade, foi criada a Companhia de Seguros Império, que veio ocupar o primeiro lugar entre as seguradoras portuguesas. Em 1942, morreu Alfredo da Silva. Deixou aos sucessores um projeto sempre inacabado, com uma divisa que fazia jus à sua filosofia de vida: “mais e melhor”.
1945
Inauguração do Hospital da CUF
Hoje conhecido como Hospital CUF Infante Santo, foi criado com o propósito de servir os 80 mil colaboradores e familiares do Grupo CUF.
1947
Fundação da Soponata
O Grupo CUF fez parte da constituição da Soponata, através da sua participação na Companhia Nacional de Navegação e na Sociedade Geral de Indústria, Comércio e Transportes, preenchendo uma lacuna do país no transporte de combustíveis.
1961
Fundação da Lisnave
A criação da Lisnave, que chegou a ser uma das maiores gestoras de estaleiros a nível mundial, surge no seguimento da atividade de construção e reparação naval desenvolvida, a partir de 1937, no Estaleiro da Rocha do Conde d´Óbidos. A empresa manteve-se no Grupo José de Mello até ao ano 2000.
1960’s
A internacionalização
Através de um processo de fusão entre Banco Totta, Aliança e Banco Lisboa & Açores, foi constituído o Banco Totta & Açores, o quarto maior banco português. Simultaneamente, a Lisnave inaugurou o grande estaleiro da Margueira, em Almada.
1970’s
O auge da CUF
Na década de 70, a CUF atingiu o seu auge. As áreas de negócio iam do setor financeiro ao químico, do têxtil ao dos minérios, do alimentar ao da saúde, passando pela grande reparação naval e pela defesa ambiental. A CUF tornou-se uma verdadeira escola, formando parte da elite empresarial portuguesa e fomentando a evolução da capacidade técnica e tecnológica, não só do Grupo mas também do país.
1974
25 de Abril de 1974 e nacionalização do Grupo CUF
O Grupo, que sobreviveu a duas revoluções, três regimes, duas guerras mundiais e dezenas de crises, não resistiu ao processo revolucionário de abril de 1974. Ao exigirem o saneamento da Administração em setembro deste ano, os operários da Lisnave marcaram o espírito das dificuldades que se avizinharam. No dia 14 de março de 1975, o governo provisório do Coronel Vasco Gonçalves nacionalizou toda a banca e seguros. Em 25 de setembro desse mesmo ano, o Decreto-Lei 532/75 consumou a nacionalização da CUF. As mais de 180 empresas do Grupo CUF passaram para a tutela do Estado, numa altura em que as suas áreas de negócio incluíam banca, produtos químicos, têxteis, minérios, alimentação, saúde, reparação naval e defesa ambiental. Com mais de 110 mil empregados, o Grupo CUF representava cerca de 5% do PIB português daquela época. Desta forma, e por imposição do Estado, o Grupo viu-se forçado a um interregno. A sua atividade empresarial, com cerca de 80 anos de existência, ficou em suspenso.
1988
Constituição da holding José de Mello
José Manuel de Mello, neto de Alfredo da Silva e filho de D. Manuel de Mello, deu início à reconstrução independente do grupo sob o lema do fundador: “mais e melhor”.
1991
Criação do Banco Mello
A criação do Banco Mello teve origem na aquisição da Sociedade Financeira Portuguesa pelo Grupo José de Mello, em 1991.
1992
Aquisição da Companhia de Seguros Império
Aquisição da Companhia de Seguros Império em processo de reprivatização, sociedade que foi constituída em 1941, integrando o Grupo CUF até 1974.
1993
Aquisição da Soponata
Aquisição da maioria do capital social da Soponata, que retoma a sua atividade como empresa de referência na marinha marcante.
1997
Aquisição da Quimigal
Aquisição da Quimigal em processo de reprivatização, sociedade que havia resultado da nacionalização, em 1975, das empresas da área química do Grupo CUF. Ao assumir o controlo da Quimigal, o Grupo José de Mello passa a gerir os negócios da área da indústria química novamente com a marca CUF.
2000
Reconfiguração do portefólio de negócios do Grupo José de Mello
Mais de 100 anos depois da sua fundação, o Grupo José de Mello entrou num novo ciclo empresarial. A Brisa e a Efacec passaram a fazer parte do leque de ações do grupo. A Lisnave foi vendida. Foi criada a José de Mello Residências e Serviços. Ainda no mesmo ano, o Banco Mello fundiu-se com o BCP, o maior banco privado português.
2001
Inauguração do Hospital CUF Descobertas
A abertura desta unidade de saúde representou um investimento de cerca de 35 milhões de euros. Nasceu, a partir daqui, a rede de Unidades CUF que atualmente se expande por todo o país.
Aquisição da Elnosa na Galiza
A compra desta empresa dedicada à produção e comercialização de produtos químicos veio reforçar a forte presença do Grupo José de Mello no setor químico internacional.
2004
Alienação da Soponata e Finertec
A concretização de processos de alienação em áreas onde não era possível acrescentar mais valor permitiu o investimento em novas oportunidades e negócios de futuro.
2006
OPA sobre a Efacec
Em parceria com o Grupo Têxtil Manuel Gonçalves, foi lançada uma OPA sobre o capital da Efacec que não era detido pelos dois acionistas de referência.
Participação na EDP
Aquisição de uma participação de 2% no capital da EDP – Energias de Portugal, tornando-se o Grupo José de Mello num dos acionistas de referência de uma das maiores e mais importantes empresas portuguesas.
Parceria com o Grupo Hospitalario Quirón
A José de Mello Saúde concretizou uma parceria ibérica com o Grupo Hospitalario Quirón, prestigiado grupo espanhol de prestação privada de cuidados de saúde.
2007
Alienação da participação no BCP e reforço na EDP
Alienação da quase totalidade da participação do Banco Comercial Português, correspondente a 3,05% do capital social, e reforço da participação na EDP para cerca de 5%.
2008
Alienação do negócio dos adubos
No decurso do exercício de 2008, procedeu-se à alienação do negócio dos adubos, detido pela CUF.
José de Mello Saúde abre novas unidades e cessa gestão do Hospital Amadora Sintra
A José de Mello Saúde inaugurou a Clínica CUF Cascais e um instituto de diagnóstico e tratamento no Porto. A 31 de dezembro, cessa o contrato de gestão do Hospital Amadora Sintra em regime de Parceria Público Privada, iniciado em 1995.
2009
Início da gestão do futuro Hospital de Braga
A José de Mello Saúde assinou, com o Estado, um contrato para a construção e gestão do futuro Hospital de Braga, ao abrigo do regime das parcerias público-privadas. Dois anos depois, o Grupo iniciou também a gestão do Hospital Vila Franca de Xira.
2012
OPA sobre a Brisa
No dia 29 de março, o Grupo José de Mello lançou uma OPA sobre a totalidade do capital da Brisa, em conjunto com o fundo Arcus. A José de Mello tornou-se o maior acionista desta empresa, com uma participação de 57,3%.
Alterações na José de Mello Saúde
Alienação da participação no Grupo Hospitalário Quirón ao fundo de investimento Doughty Hanson, concentrando esforços em Portugal, com um plano de expansão da rede de hospitais e clínicas CUF.
2014
Constituição da Efacec Power Solutions
Esta sociedade permitiu agregar numa só empresa algumas das principais áreas de negócios do Grupo: energia, ambiente e transportes.
Futuro Hospital CUF de Viseu
Anúncio do lançamento do futuro Hospital CUF Viseu, em resultado de uma parceria entre a José de Mello Saúde e o Grupo Visabeira.
Alienação da participação na EDP
Alienação da participação na EDP, permitindo ao Grupo dar continuidade ao processo de reforço da sua estrutura financeira para prosseguir o plano de desenvolvimento e crescimento dos principais negócios participados.
2015
Criação do Tagus Academic Network for Knowledge
Este consórcio entre a José de Mello Saúde e a Universidade Nova de Lisboa teve como objetivos a promoção da investigação e do ensino na área da saúde.
Desenvolvimento da Brisa
Alienação, pela Brisa, de 30% da Brisa Concessão Rodoviária (BCR) a investidores luso-brasileiros, reconhecendo a qualidade e a solidez dessa empresa. Reforço do posicionamento da Brisa na área da mobilidade e investimento ambicioso na promoção da marca Via Verde, enquanto marca comercial de toda a operação da Brisa.
2016
Expansão da rede de hospitais e clínicas CUF
A José de Mello Saúde prossegue a expansão da rede de hospitais e clínicas com a marca CUF, com o início da construção do Hospital CUF Tejo e das obras de ampliação do Hospital CUF Descobertas, ambos em Lisboa, a par da abertura de um hospital em Viseu e de uma clínica em Almada.
Desenvolvimento da Brisa
Novas funcionalidades Via Verde e nova empresa para explorar áreas de serviços. Paralelamente, inicio do processo de alienação da concessão Northwest Parkway, nos Estados Unidos, concretizado em 2017.
Alienação da Efacec Power Solutions (EPS)
Na sequência de um processo de reestruturação efetuado no universo Efacec, é alienada uma participação de 65% a favor da empresária angolana Isabel dos Santos. Daqui resultou o reposicionamento nos negócios de manutenção e energias renováveis, que ficaram fora do perímetro da EPS.
2017
Lançamento do Programa Grow
O Grupo José de Mello entra numa nova etapa de inovação, com o lançamento do Grow, um programa dedicado à aceleração de startups.
Desenvolvimento da Brisa
Novas funcionalidades Via Verde e nova marca A-to-B, para sustentar a internacionalização da Brisa. Inauguração, em junho, da primeira área de serviço gerida pela Brisa com a marca Colibri (Alcácer do Sal, na A2 Autoestrada do Sul), que representa um novo conceito focado no cliente. Apresentação, em setembro, de um serviço de carsharing para Lisboa, em parceria com a DriveNow.
Expansão da rede de hospitais e clínicas CUF
Abertura de uma nova clínica CUF em São João da Madeira e anúncio de novas unidades hospitalares em Sintra, Coimbra e Leiria.
2018
Lançamento da Bondalti
A área de negócio da indústria química do Grupo José de Mello procede a uma alteração da sua identidade corporativa, assumindo, no final de maio, a marca Bondalti, que sucede à histórica CUF. Esta alteração é o culminar de um processo de reposicionamento estratégico do negócio e assinala um novo ciclo de crescimento e internacionalização.
2019
Programa de Voluntariado do Grupo José de Mello
O Programa de Voluntariado do Grupo José de Mello é constituído por colaboradores, familiares, membros da família José de Mello e antigos colaboradores de todas as empresas participadas. Criado em 2010, com o apoio da Fundação Amélia de Mello, o programa traduz o compromisso de uma atuação socialmente responsável, pela ajuda à resolução de problemas sociais das comunidades onde estamos inseridos. No final de 2019, o Programa de Voluntariado contava com mais de 370 voluntários e registava o apoio continuado a 13 instituições parceiras localizadas predominantemente em Lisboa e Porto.
2020
CUF passa a marca única na saúde
Numa altura em que se celebram 75 anos desde a criação do primeiro hospital, a marca José de Mello Saúde deu lugar à marca única CUF. Este novo capítulo foi concretizado no dia 26 de julho, tendo como principal objetivo reforçar o reconhecimento da CUF pelos portugueses como a marca de saúde do futuro.
Abertura do Hospital CUF Tejo
O Hospital CUF Tejo iniciou atividade, de forma faseada, no final de setembro, quando entraram em funcionamento as áreas de ambulatório e imagiologia. Desenhado para prevenir, diagnosticar e tratar as doenças do futuro, o Hospital CUF Tejo substitui o Hospital CUF Infante Santo e está localizado na zona lisboeta de Alcântara.
Grupo José de Mello vende 40% da Brisa
O Grupo José de Mello concretizou a venda de cerca de 40% dos direitos de voto da Brisa a um consórcio de investidores internacionais. O acordo foi celebrado num contexto económico de grande adversidade devido à pandemia mundial de Covid-19 e configurou uma nova parceria estratégica entre o consórcio comprador e o Grupo José de Mello, que manteve uma participação acionista de referência na Brisa, representativa de 17% dos direitos de voto
2021
Novo ciclo de ambição e crescimento
O Grupo José de Mello procedeu, no início de 2021, a uma alteração na liderança executiva, com a nomeação de Salvador de Mello para as funções de Presidente Executivo. Foi também definido um Propósito, que traduz a razão de ser do Grupo José de Mello, e deu-se início ao desenvolvimento de uma nova estratégia de crescimento.
2023
Nova identidade da Bondalti
A Bondalti apresenta uma nova identidade visual, que espelha uma importante etapa do seu desenvolvimento estratégico e traduz o reforço da internacionalização das atividades, bem como a entrada em novos projetos no domínio da descarbonização.
CUF prossegue expansão da rede de unidades de saúde
Em 2022 e 2023, a CUF expande a sua presença em várias regiões do País, destacando-se a abertura de três novas unidades – Hospital CUF Trindade, no Porto, clínica CUF Montijo e Clínica CUF Leiria – e a aquisição do Hospital Internacional dos Açores, localizado no município de Lagoa, na ilha de São Miguel.
2023
Lançamento da WineStone
O Grupo José de Mello reforça a atuação empresarial no setor do vinho com a constituição da WineStone, plataforma de negócio que assume a ambição de se tornar num dos principais operadores de mercado em Portugal.
A WineStone gere atualmente ativos nas regiões do Alentejo, Douro, Vinhos Verdes e Lisboa, com um portfolio alargado: Ravasqueira, Quinta do Retiro Novo, Krohn, Quinta do Côtto, Paço do Teixeiró e Quinta de Pancas.
Grupo José de Mello deixa de ser acionista da Efacec
O Grupo José de Mello deixa de ter qualquer participação acionista no capital da Efacec, na sequência da conclusão do processo de reprivatização da empresa, anunciado no final de outubro.